Chega de ficar sentada com os joelhos juntos ao peito em volta com os braços. As minhas células cinzentas não param. Ainda há pouco a minha agenda estava completamente entupida de compromissos sociais. Mal teria tempo para respirar... De um dia para o outro ficaram cancelados os compromissos sociais e culturais, visitas de estudo lá na escola e por fim, as atividades letivas presenciais, minhas e dos garotos.
O que tenho escutado nas notícias, desde então, tem me matado mas, chega a hora de reagir e chegou por fim esse dia! A minha casa virou um local de trabalho com três gabinetes. Neste momento estou no meu. Ainda sinto o perfume do champoo na ponta dos meus cabelos que pego e levo ao nariz. Como costumo dizer, temos de estar bonitas até para corrigir testes. Sinto-me bem e o frango com limão já foi ao forno, humm já cheira bem. Estou pronta para responder aos meus pupilos e incrivelmente toda esta situação me amaciou um pouco. Como se tivesse sido lavada com soflan. Na verdade não andava muito confortável a conviver com tantas pessoas por dia dadas as circunstâncias. Só me vinha à cabeça aquele problema dos apertos de mão, ui...!
Fico um pouco alterada por algumas pessoas me acharem paranóica devido ao meu excesso de zelo. Já eu, fico furiosa com grupos de turistas de outros países a desrespeitarem as orientações da d.g.s., pessoas a continuarem frequentar cafés e restaurantes... Com tantos sacrifícios que certamente já todos fizemos o que custa preservarmos a nossa saúde e a daqueles que mais amamos? Li um artigo muito interessante. Se queres saber se estás a agir corretamente, pergunta-te se a consequência dessa atitude é negativa ou positiva.
Vou aproveitar para ler um pouco de um livro que tanto desejei poder acabar e chutei sempre para canto: «No Tempo das Fogueiras» de Jeanne Kalogridis. Um título um pouco apocalíptico tal como o que poderemos vivenciar se não respeitarmos as orientações.
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